2 de maio de 2017

São Bento e começo de temporada

Como em todo lugar do mundo as temporadas de escalada são correspondentes aos meses de melhor condições meteoreológicas. Nos países nórdicos isso significa pouca neve, temperaturas menos geladas. No Brasil a temporada começa quando as águas começam a baixar, entra o friozinho do inverno e a umidade relativa fica perfeita para as mãos ficarem mais secas. Esse mês estamos em uma transição, algumas chuvas ainda caem, mas trazendo frio. São Bento essa semana foi assim: tempo fechado com pouca precipitação e queda gradativa da temperatura: sinal de que teremos em pouco tempo condições perfeitas para aquelas cadenas de projetos limites, dias inteiros de climb perfeito nas paredes.

Cheguei em São Bento na terça. Escalamos alguns boulders já qu o tempo continuava fechado e também para dar uma aclimatada (quarta no Quilombinho e sexta no Cruzeiro). Ainda fomos para o Quilombo, Pedra da Divisa e Pedra do Baú. São Bento é incrível!!

Boulders no Quilombinho, na matinha à esquerda pra quem sobe a trilha para as vias. Tem boulder antigo, boulder mais antigo ainda e muita linha pra abrir. Limpamos um bloco menor, na entrada e escalamos três linhas. Algumas variantes são possíveis. Outros blocos estão praticamente virgens, esperando serem escalados.


Sotirius, morador de São Bento em uma das linhas limpas.

Vinícius Assis em um V2

Pedra do Baú vista dos boulders


Travessia limpa por nós: V4 de regletinhos (já escalada? muitas agarras quebrando)

Aproveitando a onda do boulder e também pra dar uma boa aclimatada no granitão e partir pras vias fizemos um dia muito bom de boulder no setor Cruzeiro em Gonçalves-MG. Entramos em 7 boulders, fiz 5 deles.

Hiperespaço, V3 muito visual. 5 estrelas

Koberle à vista no Hiperespaço V3

Koberle mandando o Faber Castell V4

Vinícius em um boulder hard no setor.


Sai de batentão, morde uma sequência de regletinhos pra acabar no batentão da borda.

Formas e cores!

Formas e cores

Formas e cores

Escalada no Quilombo. Nesse dia saiu a 13 de Maio, via mais nova do setor.

Complexo do Baú coberto pelas nuvens.

Domingo foi dia do Baú tomar um sol.

Com tempo bom no domingo as paredes secaram e pudemos subir para o complexo na segunda feira. Fizemos a Transbaú, via de 280 metros com três crux bem definidos, em dois negativinhos e no final em um vertical técnico, todos bem protegidos. Acredito que o único trecho que a via seja E3 é uma enfiada no começo em que se estica uns 30 metros em platô de mato/pedra. Tirando isso, que se for com calma, respirando bem, da pra passar tranquilamente, a via é superbem protegida. É uma ótima opção para quem quer começar a escalar em parede, utilizar proteção móvel, de várias enfiadas, mas ainda quer ter a margem de segurança da esportiva (E1/2). Acredito ser uma via clássica se comparada às outras. Pela sua história: conquistada por Karina Filgueiras em 2011 em solitário. Pela estética e pela escalada em si. Algumas enfiadas são incrivelmente bonitas (as com negativos e jardins verticais).

Coimbra visto da subida para o Baú logo cedinho.

Partiu pra cima!


Cumbre!! Escalamos a Transbaú das 8:30 as 11:00, emendando somete uma cordada (a travessia horizontal do final). Da próxima, conhecendo a via, da pra baixar o tempo e começar a pensar no Bigmil.
Abraços, Frango.

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