14 de outubro de 2018

Campo-Escola, um novo setor na Pedra da Divisa

Durante esses últimos dois meses desenvolvemos um setor de vias mais fáceis e acessíveis na Pedra da Divisa.

Sobre o Acesso: melhor pegar a trilha pro corujas, passou a porteira toca reto seguindo a cerca. Vai chegar nas vias em móvel. as chapeletadas estão mais a direita subindo beirando a pedra.

Segue o Croqui, é só salvar.

28 de junho de 2018

Novas vias na Pedra da Divisa

Dia 30 de Maio, Matheus Prado e eu começamos a abrir uma fenda que vimos depois de descer da via Urutú, na Pedra da Divisa.

Terminando a fenda fomos tocando por paredes hora fendadas, hora lisas com negativos. Deixamos 4 enfiadas prontas para livrar, ainda sem cadena. A via ficou Tempos Modernos, em homenagem ao Chaplin e porque abrimos a via no batedor, era marretada atrás de marretada, lembrando o classico filme. A graduação é uma sugestão, precisa de repetições e cadenas pra confirmar: 5º VIIc/VIIIa (C2 6º) E2/3 D2/3 120 metros.

Além disso abrimos uma variante para a primeira enfiada, também terminando em P1 chamada Um dia de Prazer 4sup todo em móvel.

No mesmo setor grampeamos uma esportivinha curtinha de 4 chapeletas, talvez 5 sup, bem acessível, campo-escola.

Estamos desenvolvendo um outro setor na mesma pedra. Sombra a partir das 12, com muitas vias escola, móvel e muita possibilidade para esportivas.








Começo da Tempos Modernos, 25 metros em móvel
P1 opcional em móvel (primeira P1 feita) antes de virar o platô pra direita.

Com Matheus na P2, ainda duplicada com a nut de saida da próxima enfiada. Agora todas as paradas estão duplicadas e redondas, o rapel da via é feito por ela mesma com corda de 60 (P4 para P3 no limite, cuidado) ou corda de 70 (com folga)


Matheus trabalhando as primeiras chapeletas da terceira enfiada.


Matheus fazendo o trecho da Filhas de Satã/Urutú que cruza aparede da direita para esquerda. Passamos por ela e tocamos no negativo em frente.


No final o jumareio ficou de 100 metros, deixamos os útlimos 20 metros, todo em móvel para o último dia de investidas.

Croqui das vias da base. 

Conquistando a Um dia de Prazer 4sup25 metrós toda em móvel

28 de maio de 2018

Novas rotas Serra do Cipó - Papagaio - Existencialismo proj e Dia de Cão 8a/b

Comecei escalando com uma turma em São Carlos no ano de 2005, e desde então a atividade de abrir vias ou boulders foi paralela a escalada em si, escalando, abrindo vias, caminhando e cantanto e seguindo a canção. Começamos procurando pedras e rotas novas para escalar, cansados de repetir as mesmas linhas no Cuscuzeiro ou Camelo, Itaqueri, Pico dos Mosquitos. Era preciso expandir os horizontes. Provavelmente essa busca pelo novo desenvolveu em muitos escaladores uma relação diferente com a rocha. Isso acontece com praticamento todo bom conquistador de vias: passa-se a olhar a pedra pelas novas possibilidades, buscando sempre novas linhas, novos caminhos, bonitos, prazerozos e/ou desafiadores.

O processo de abrir uma via é praticamente uma arte. A linha se revela ao escalador como um anjo se revela ao escultor do mármore. O escultor vê no mármore bruto a escultura perfeita. Ao passo que o conquistador, em essência, vê a rota na rocha bruta, passa a imaginar a ação. De pronto, com batedor, bolts, chapeletas, friends, nuts, acontece uma linha perfeita, uma obra se realiza.

Inverno de 2017 fiquei dois meses num dos melhores lugares para escalada esportiva no Brasil: O morro da pedreira da Serra do Cipó.
Era Julho de 2017, eu e o Lekinho (Alex Mendes), estávamos fazia meia hora sentados na frente do mármore bruto (kkkkkkk). Olhamos a parede por um tempo e, em prosa, começamos a imaginar uma escalada naquela parede, de onde poderia sair, por onde passar e terminar. Ficamos ali viajando, imaginando, sonhando, e aquele mármore de milianos revelou uma linha, uma linda linha.

Na época estava lendo muito Sartre e por diversas situações o nome da linha, depois de aberta (participou da conquista o escalador goiano Digão), ficou Existencialismo. A linha ficou com 8 chapeletas mais a parada dupla, um boulder no meio e ainda deixamos uma variante, tocando reto da quarta chapa pra um final fácil (5 grau) e parada dupla. Essa variante ficou Dia de Cão 8a/b

Lekinho e eu no setor pcc. Ficamos olhando pra linha, desenhando na mente como escalaríamos ali.

Subindo pesadão

Vale do Papagaio


Digão dando um talento cafeinado no inicio da rota e Fei no comando.

Fei provando o começo da rota. Mesmo começo da Dia de Cão 8a/b variante reto