22 de abril de 2017

Alphaboulders: setor de boulder de alto nível dentro da metrópole

Em Barueri estão sendo desenvolvidos setores de boulders (conheço apenas um, mas existem outros) muito bons, em qualidade e quantidade. Muito boulder de tudo que é tipo e graduação. Pode escolher apertar regletinhos pequenos, abaulados, boulders curtos ou altos, travessias e muitos projetos insanos!

O setor "Zero" é esse principal. O pessoal local desenvolveu um site (Alphaboulder) com os betas e com um croqui muito bom.

Quem me apresentou o pico foi Marcelo Melissopoulos, escalador de São Paulo e sempre que rola dou uma chegada pra conhecer as muitas linhas (são mais de 50).

Mandíbula V3 no bloco do começo da trilha.

Neste bloco têm V3, V4, V5, V6. Todos de regletinho. Alguns projetos no meio do bloco.

Blocão esperando ser escalado. Agarrinhas pequenas e negativo.

Flavia Barros no Ralador V3 Hard

Will tentando o Aresta V6.


Aresta V6. Movimentos de encaixe em regletes.


Blocos de dentro da floresta.


Will no Talus Fibulus Rupturus V4

Flavia tentando o Talus Fibulus Rupturus V4

Tentando o sit down do Talus Fibulus Rupturos depois de quebrar um pé chave. Ficou bem mais hard, mas tem que ir tentando, uma hora sai. Acrescenta alguns moves ao V4.



Blocão do início da trilha. Ainda não escalei nele, Muitas linhas iradas e as mais difíceis encadenadas do setor.



18 de abril de 2017

Pico das Prateleiras: formação rochosa particular do planalto do Itatiaia.

Vista do Pico das Agulhas Negras da caminhada para Prateleiras
Prateleiras e incontáveis fendas
Campo de boulders gigantesco
Num dos dias desse feriado subimos para as Prateleiras, na parte alta do Parque Nacional de Itatiaia.
A caminhada de aproximação e a logística da escalada ali é um pouco mais complexa do que outros lugares. Entretanto, a escalada em si, nas maioria das vias, é no estilo esportivo móvel: vias bem protegidas de no máximo duas enfiadas de corda.
Algumas exceções devem existir, mas eu destacaria as Prateleiras pela quantidade de fendas perfeitas para proteção natural. Isso ocorre em todo o PNI e faz daquele lugar um privilégio para os amantes da escalada natural, com proteções móveis, em bicos de pedra, colunas, e com o mínimo uso, ou a eliminação completa, de proteções fixas. Esse estilo deve ser preservado, e ainda bem que a comunidade local e os frequentadores de fora estão mantendo isso vivo. Vejam o filme Chapaless (clique aqui)!! Ele aborda a questão da defesa do patrimônio que é o ambiente do planalto do Itatiaia e a relação com a escalada natural (clique aqui e acesse o Manifesto da Escalada Natural escrito por André Ilha).





Caos de blocos em encosta íngreme


Fomos subindo a via Sul e escalando algumas linhas. Uma delas que desde 2008 quando fiquei olhando para a linha na vontade de subir era a pedra do Elefante, quase chegando no cume das Prateleiras. O lance de A0 fiz em livre, e a aderência no final foi bem legal. O grampo no topo, na minha opnião merece uma regrampeação, rola deixar o grampo e duplicar com outro ou uma chapa.

Abraços a todos, André Funari.

16 de abril de 2017

Num dos berços do montanhismo clássico brasileiro: Planalto do Itatiaia

"As montanhas são uma espécie de reino mágico onde, por meio de algum encantamento, eu me sinto a pessoa mais feliz do mundo" Bernardo Collares


Sacando as costuras da Gaviões da Fiel IV no Morro do Couto, Setor Campo Escola 





Sacando a Ouviram do Ipiranga, 6sup muito legal no Morro do Couto






10 de abril de 2017

Aperfeiçoando a técnica: nós para encordoamento - Lais de Guia com arremate "Yosemitico"

Olá povo da montanha!! Vai ai uma dica pra quem usa ou pretende usar o Lais de Guia. Uma atualização do nó que muda tudo!!

Os nós mais usados em escalada no Brasil são o oito (é com certeza o mais popular no mundo) e o lais de guia. Os dois quando bem confeccionados são bem seguros. A diferença substancial é que o oito bem confeccionado (sem dobras) reduz menos a resistência da corda (em torno de 20 a 30 %). O Lais de guia produz uma perda maior de resistência (de 30 a 40 %). Nada preocupante para uma corda bem cuidada, bem utilizada e dentro dos prazos de validade.

O nó oito, o primeiro nó  de encordoamento direto de muitos escaladores, quando bem apertado pode ser difícil de tirar. Acredito que cansados dessa situação muitos optam pela confecção do Lais de Guia. Eu mudei do 8 para o Lais por esse motivo. Aprendi um jeitão, não sei com quem, mas que já vi repetidos em outros lugares. Funciona bem e nunca vi algum falhar. Mas comecei a me perguntar da funcionalidade do nó confeccionado assim, o tal do Lais de guia duplo:

Lais de Guia Duplicado: das duas alças que passam nos loops de encordoamento, apenas uma é funcional, a outra da uma volta a mais. Impossível se encordar com mais de uma corda. O que importa são as duas voltas de cima. Como resolver isso?

Existem muitas formas de fazer o Lais de Guia, algumas delas bem duvidosas.
Lendo o Mountanearing: the freedom of the hills, me liguei de um outro fechamento do Lais de Guia (bowline):

Reprodução do Mountanearing. Publicação da década de 1960, na sua 8ª edição, é uma bíblia da escalada. Acima a explicação do nó.



Testei o nó para encordoamento em algumas vias da Pedra da Divisa. Com algumas quedas boas deu pra ver que o nó funcionou perfeitamente. Além disso usa-se menos corda, a região do loop de segurança fica mais limpo e é possível acoplar outros equipamentos sem problemas. Também fica mais fácil encordar-se com duas cordas (gêmeas ou duplas) utilizando um Lais de Guia seguro.



Sem dupla alça na cadeirinha, mas duplicado em cima (onde é importante para o nó não se desmanchar com tanta facilidade).

Estou usando sempre o tipo de Lais de Guia com arremate "yosemitico" e tá sendo uma maravilha. Fácil de tirar, fácil de confeccionar, fácil de conferir. Oito ou Lais de Guia são super seguros, e sinceramente acredito que os escaladores que gostam de usar o Lais deveriam experimentar o outro arremate uma vez pra ver qualé.

Boas escaladas no feriadão!! Bora pra montanha que a temporada ta começando!!
Abração, Frango.