3 de agosto de 2021

Escaladas Guiadas - Região do Itatiaia

Bom dia galera da Montanha!!


A região do Itatiaia é um dos berços do Montanhismo Brasileiro e com certeza um lugar ideal para começar a escalar. Pela quantidade e qualidade de vias de menor dificuldade (de 2° ao 5° grau brasileiros) podemos dizer que estamos diante de um grande e belíssimo campo-escola.

Pra quem já fez um curso básico e está querendo dar aquele gás na própria escalada, recomendamos as seguintes vias. 

Guiamos você nelas e se você quiser guiar damos todo o apoio e segurança (temos curso de primeiros socorros em áreas remotas e auto-resgate em escalada em rocha).


Pedra do Picu - Itamonte- MG

-Via do Sol (do Naval) 3° IVsup (A0/5sup) E1 150 metros

-Dale-Dale 4° V E1 120 metros


Pedra Grande (Parque Nacional do Itatiaia - Parte Alta)

-Rapsódia Sertaneja 3° Vsup E1 100 metros

Paredão Carolina

-Via União 2° IIsup 90 metros

-Via Carolina 2°IIIsup 120 metros

-Mito e Realização 2° IIIsup 150 metros

-Jardim de Amaryllis 2° III 150 metros


Pedra do Altar (Parque Nacional do Itatiaia - Parte Alta)

-Gênesis 3°IVsup E1 90 metros


Agulhas Negras (Parque Nacional do Itatiaia - Parte Alta)

-Paredão Estrela 2° III  250 metros

-Paredão Sherpa 2° III 250 metros

-Bira 2° IV 150 metros

-Oba-Oba 3°IIIsup (A0/VI) 50 metros

-Chaminé dos Estudantes 3° IV 150 metros


Prateleiras (Parque Nacional do Itatiaia - Parte Alta)

-Via Norte com variantes 3°IIIsup 

-Chaminé Brackmann 3° IV

Incluso: seguro pessoal, equipamentos coletivos e pessoais (informar o que precisar de equipamentos) e ingresso no Parque Nacional do Itaitaia.


Reservas de datas: 19 99916 6716

3 de junho de 2021

O que é e para que serve a análise SERENES para ancoragens?

Bom dia povo da montanha!! 

Em outro post aprendemos um pouco sobre as pouco utilizadas paradas em série e acabamos fazendo uma análise daquele tipo de ancoragem. Quando bem compreendida e interiorizada ao cotidiano do escalador essa ferramenta (análise da parada) pode ajudar muito a escolher o tipo certo de ancoragem para cada situação (situação da escalada (comercial ou não), material e terreno disponível).

É possível fazer essa análise para qualquer tipo de ancoragem de dois ou mais pontos.  Para lembrar dos pontos a analisar usamos o acrônimo "SERENES":

Solidez: Os pontos de ancoragem e o sistemas devem ser apropriadamente fortes para o tipo de escalada que fazemos (acima de 20kn é ideal numa parada, por isso nas paradas em móvel colocamos 3 peças pelo menos).

Equalização: durante o uso da parada, principalmente durante as quedas, a força gerada deve ser distribuída o mais igualitariamente possível entre as proteções. Verificamos essa distribuição através do ângulo formado pela conexão com as proteções.

Redundância: Esse ponto é o que dá mais confusão. Para não deixar dúvidas faço aqui a tradução livre de um trecho do "The Mountain Guide Manual. The comprehensive reference - From belaying to rope systems and self-rescue." de autoria de Marc Chauvin e Rob Coppolillo e recomendado pela American Mountain Guides Association: "Mais de um elemento de ancoragem (proteção móvel, material, etc.) pode falhar antes que toda a ancoragem falhe." 

Esse ponto é interessante para mantermos o sistema de ancoragem cada vez mais seguro!!

Não-Extensão: Se um das proteções falharem o sistema não estende, o segurança fica no mesmo lugar. Nesse caso primamos pela não transmissão de uma força que pode fazer falhar alguma das proteções.

Simplicidade: O último ponto analisa o quão rápido conseguimos montar e desmontar a parada e o quanto é fácil verificar se está correta.

Existem outros acrônimos, mas esse acredito que sirva bem para iniciar na brincadeira, e saber sempre se sua parada está montada de maneira mais segura possível!!


Abração, André Funari