Funari Montanhismo
Cursos do básico ao avançado, aulas particulares, escaladas guiadas, belayer - Conquista de picos e vias, artigos técnicos, croquis...
4 de fevereiro de 2022
3 de agosto de 2021
Escaladas Guiadas - Região do Itatiaia
Bom dia galera da Montanha!!
A região do Itatiaia é um dos berços do Montanhismo Brasileiro e com certeza um lugar ideal para começar a escalar. Pela quantidade e qualidade de vias de menor dificuldade (de 2° ao 5° grau brasileiros) podemos dizer que estamos diante de um grande e belíssimo campo-escola.
Pra quem já fez um curso básico e está querendo dar aquele gás na própria escalada, recomendamos as seguintes vias.
Guiamos você nelas e se você quiser guiar damos todo o apoio e segurança (temos curso de primeiros socorros em áreas remotas e auto-resgate em escalada em rocha).
Pedra do Picu - Itamonte- MG
-Via do Sol (do Naval) 3° IVsup (A0/5sup) E1 150 metros
-Dale-Dale 4° V E1 120 metros
Pedra Grande (Parque Nacional do Itatiaia - Parte Alta)
-Rapsódia Sertaneja 3° Vsup E1 100 metros
Paredão Carolina
-Via União 2° IIsup 90 metros
-Via Carolina 2°IIIsup 120 metros
-Mito e Realização 2° IIIsup 150 metros
-Jardim de Amaryllis 2° III 150 metros
Pedra do Altar (Parque Nacional do Itatiaia - Parte Alta)
-Gênesis 3°IVsup E1 90 metros
Agulhas Negras (Parque Nacional do Itatiaia - Parte Alta)
-Paredão Estrela 2° III 250 metros
-Paredão Sherpa 2° III 250 metros
-Bira 2° IV 150 metros
-Oba-Oba 3°IIIsup (A0/VI) 50 metros
-Chaminé dos Estudantes 3° IV 150 metros
Prateleiras (Parque Nacional do Itatiaia - Parte Alta)
-Via Norte com variantes 3°IIIsup
-Chaminé Brackmann 3° IV
Incluso: seguro pessoal, equipamentos coletivos e pessoais (informar o que precisar de equipamentos) e ingresso no Parque Nacional do Itaitaia.
Reservas de datas: 19 99916 6716
3 de junho de 2021
O que é e para que serve a análise SERENES para ancoragens?
Bom dia povo da montanha!!
Em outro post aprendemos um pouco sobre as pouco utilizadas paradas em série e acabamos fazendo uma análise daquele tipo de ancoragem. Quando bem compreendida e interiorizada ao cotidiano do escalador essa ferramenta (análise da parada) pode ajudar muito a escolher o tipo certo de ancoragem para cada situação (situação da escalada (comercial ou não), material e terreno disponível).
É possível fazer essa análise para qualquer tipo de ancoragem de dois ou mais pontos. Para lembrar dos pontos a analisar usamos o acrônimo "SERENES":
Solidez: Os pontos de ancoragem e o sistemas devem ser apropriadamente fortes para o tipo de escalada que fazemos (acima de 20kn é ideal numa parada, por isso nas paradas em móvel colocamos 3 peças pelo menos).
Equalização: durante o uso da parada, principalmente durante as quedas, a força gerada deve ser distribuída o mais igualitariamente possível entre as proteções. Verificamos essa distribuição através do ângulo formado pela conexão com as proteções.
Redundância: Esse ponto é o que dá mais confusão. Para não deixar dúvidas faço aqui a tradução livre de um trecho do "The Mountain Guide Manual. The comprehensive reference - From belaying to rope systems and self-rescue." de autoria de Marc Chauvin e Rob Coppolillo e recomendado pela American Mountain Guides Association: "Mais de um elemento de ancoragem (proteção móvel, material, etc.) pode falhar antes que toda a ancoragem falhe."
Esse ponto é interessante para mantermos o sistema de ancoragem cada vez mais seguro!!
Não-Extensão: Se um das proteções falharem o sistema não estende, o segurança fica no mesmo lugar. Nesse caso primamos pela não transmissão de uma força que pode fazer falhar alguma das proteções.
Simplicidade: O último ponto analisa o quão rápido conseguimos montar e desmontar a parada e o quanto é fácil verificar se está correta.
Existem outros acrônimos, mas esse acredito que sirva bem para iniciar na brincadeira, e saber sempre se sua parada está montada de maneira mais segura possível!!
Abração, André Funari
26 de outubro de 2020
Escalada guiada no Complexo da Pedra do Baú
Pedra da Ana Chata
- Peter Pan 4ºIVsup 120 metros
-Tom Sawyer 3º IVsup 150 metros
-Elektra 4º V 200 metros
-Wonder Woman 4º VIsup 100 metros
Pedra do Baú
- Normal 3º IV 60 metros
-Cresta com normal 4º V 80 metros
-Transbaú 5º VIIa 250 metros
Pedra do Bauzinho
-Normal 2º IIIsup 90 metros
-Galba 4º Vsup 150 metros
-Homem Pássaro 5º VIsup 150 metros
-Furia de Kimera 5º VIIa 250 metros
-Paredão Tudo Bem 5ºVI 100 metros
Informações e reservas: 19 99916 6716
3 de agosto de 2020
Conquista de vias: um ato de criação e, sobretudo, de publicação.
Renato Russo testando os primeiros movimentos da Colômbia 8a na Fazenda Invernada em 2006. |
A natureza das duas atividades é bem distinta, mas a finalidade é bem parecida. As duas formam uma via, rota, produto, obra e criação. A conquista desde o chão exige que o escalador faça a escalada do trecho jogando com os elementos que a rocha expõe e que ele dispõem. Pode ser em livre ou artificial. Em livre hoje é o ideal, utilizando o artificial para fazer as proteções fixas ou testar peças. Mas também podem ser conquistadas vias essencialmente de escalada estilo artificial. Já equipar uma via não exige esse mesmo jogo com a rocha, com seus elementos e os equipamentos e técnicas disponíveis. Exige também boa leitura da rocha - ainda mais que na conquista - para colocar as proteções em bom lugar.
Independente de tudo isso, nos dois casos, existe a criação de uma rota de escalada que se torna pública. Muito pelo contrário do que alguns pregam por ai, a criação de uma via (por conquista ou equipagem) não torna aquele pedaço de rocha seu, de sua propriedade. Na maioria dos casos, em lugares abertos, privados e públicos, uma via criada é um ato de publicação daquele pedaço de rocha. Ele se torna de todos, de uso comum. Se alguém teve o direito de escalar algum trecho de rocha em um lugar aberto ao público, todos têm o direito de escalar aquele trecho. Há, é claro, um respeito (questão de ética) ao que passou primeiro, aos primeiros ascensionistas...são muitos os documentos brasileiros que tratam da questão do "Direito Autoral". De acordo com o "Código Brasileiro de Ética na Escalada", por exemplo:
"Dos Pontos De Segurança (Grampos Fixos ou Chapeletas)
É proibida a adição de pontos de segurança em escaladas já conquistadas, sem autorização dos conquistadores;
Em caso de regrampeação os escaladores não possuem poder algum para descaracterizar qualquer rota, transferindo a original proteção dos pontos de segurança, de acordo com o artigo primeiro anterior;
Da Conquista:
Em caso da modificação das intenções o escalador tem a responsabilidade de expressá-las à comunidade local, deixando-a aberta a todos;
Toda conquista deverá ser divulgada no catálogo que deve ser editado anualmente;" (Código Brasileiro de Ética na Escalada, 1993, grifos nossos)
A "reserva" de um trecho é também um respeito aos conquistadores, pelo esforço empreendido na aproximação (criação de trilhas, negociação com donos de terras etc.) mas tem um limite. Uma via abandonada durante anos é claramente uma modificação de intenções dos escaladores e deve ser liberada para que outras cordadas possam usufruir do que é público, no sentido de ser de todos: o direito à escalada (lembrando o "Walls are meant for climbing" da campanha da marca The North Face" e toda a luta do direito ao acesso aos picos de escalada no mundo todo)
25 de julho de 2020
CAR - Curso de Auto-resgate
As técnicas de auto-resgate são aquelas que possibilitam o escalador não-acidentado acessar o escalador acidentado (guia ou participante) e prestar os primeiros socorros.
Se a lesão não foi grave (sem problemas na coluna ou bacia etc.) e o estado do escalador acidentado permite uma evacuação, o escalador não-acidentado consegue também retirar todo mundo com segurança, ao menos até a base ou ao cume da montanha onde podem montar abrigo para esperar ajuda.
O Curso de Auto-resgate é voltado para o treinamento completo (pensando nas mais diversas situações - resgate do guia e do participante em linha reta, horizontal, teto, perto ou longe do cume etc.) do escalador a ponto de ele poder criar autonomia em um possível acidente (prestando os PS e evacuando se possível).
Recomendamos ao escalador que queira fazer o CAR que faça também um curso de primeiros socorros em áreas remotas (WFA ou WAFA). Não adianta saber acessar a vítima e nada saber fazer.
Além disso é sempre bom praticar os procedimentos, e a cada 2 anos ou refazer o CAR ou, no mínimo, realizar o TAR 1 e 2 (treinamento em auto-resgate em dois modulos de 4 horas cada um): é mais curto e aborda apenas as principais operações, mas é ideal pra revisar e estar com os procedimentos sempre treinados.
Conteúdo do curso:
1 1.1-Introdução ao auto-resgate: quando operar ou não um auto-resgate em escalada.
1.2-Material básico para operações de auto-resgate: improvisando com os equipamentos de escalada.
2. 2.1-Resgate do guia:
-Em linha reta (com proteção superior boa e com proteção superior ruim)
-Em horizontal (transferência de escalador e transferência de parada)
-Em tetos/negativos fortes
2. 2.2 -Resgate do segundo:
-Em linha reta (com corda para rapelar e sem corda para rapelar)
-Em horizontal (com transferência de escalador e transferência de parada)
-Em teto/negativo forte
2. 2.3 -Meios de retirada
-Içamentos: sistemas de polias 3:1, 5:1 e 9:1.
-Rapeis: em contra-peso e tandem.
2. 2.4 -Descer a vítima (e socorrista) passando um nó.
Rafael descendo a vítima da parada. Recurso simples de auto-resgate. |
Duração: o treinamento dura 4 dias (32 horas de atividades) e é realizado em ambiente de campo-escola preparado para isso. Equipamentos e material didático inclusos. Seguro optativo.
Contate-nos para marcar uma data, saber de preços e descontos para duplas ou trios...19 99916 6716 (whatsapp) ou andrefunari@gmail.com
20 de julho de 2020
Parada em série - duas maneiras de regular, principais usos e análise SERENES
Parada de 2 pontos em série regulada com nó simples. Utilizamos o loop formado como ponto central (master-point) |
Regulagem feita com fiel: reparem que clipei novamente a fita dentro do mosquetão do fiel. Assim evita-se "ficar fora" da fita caso o fiel falhe. |
19 de julho de 2020
Recomendações para prática dos esportes de montanha: CBME lança documento.
Acesse aqui o documento completo sobre as orientações da CBME para a prática dos esportes de montanha no contexto da Pandemia do COVID-19.
Seguiremos as orientações da confederação brasileira.
Abraços, André.
3 de julho de 2020
Curso avançado de escalada: proteção móvel
São apresentadas as peças ativas e passivas de proteção móvel. Seus usos como proteção para quedas (apesar de vermos como artificializar para testar a peça esse não é o foco desse curso) em escaladas em livre e também artificial.
Os tópicos do curso são:
-Histórico do uso de proteções móveis. Princípios do mínimo impacto em escalada em rocha.
-Fundamentos das proteções móveis: ativas e passivas.
-Organizando o material: no porta-equipamento (rack), bandoleiras e costuras no peito.
-Protegendo: como avaliar a solidez da rocha; resistência a primeiro e segundo puxões; "fácil de tirar", proteção do "puxão da corda"; peças multidirecionais; oposição de peças; evitando o efeito zíper; equalização de duas ou mais peças durante a escalada; peças em série
-Parada em móvel: montagem; multidirecionalidade; análise SERENE
-Limpando: retirar as peças com eficiência.
-Manutenção e conservação do material móvel.
O treinamento dura 32 horas divididas em 4 dias e é feito em locais ricos em fendas. Treinamos no chão, de top-rope e em vias bem fáceis assim compreendemos e apreendemos bem as técnicas
para o uso de proteção móvel para poder guiar com segurança.
Abração, André.
23 de junho de 2020
Curso de escalada avançado: guia de cordada
O curso de Guia de Cordada é, normalmente, o curso de continuidade após o montanhista novato fazer o curso básico. Sempre recomendo aos meus alunos que escalem bastante e treinem os procedimentos e escalem de top-rope vias de 5 e 6 grau brasileiros. Com essa experiêcia, dominando essa graduação e técnicas é possível fazer o curso de guia de cordada. Isso porque no Brasil e principalmente na região que ministro minhas aulas (Estado de São Paulo, com foco na região da mantiqueira) existem poucas vias fáceis e protegidas para iniciar (os chamados campos-escolas): a maioria das vias desse tipo comecam na graduacão 4º e 5º. Além disso, os procedimentos que a resposabilidade para guiar com segurança se acumulam aos de formação básica.
O conteúdo é o seguinte:
- História e ética da escalada em rocha
-Uso de protecões naturais (blocos, árvores, colunas, bicos de pedra etc.) e fixas (grampos p, chapeletas, pitons, bolts e parsfusos)
-Fundamentos da escalada guiada (como planejar uma escalada, começando a guiada, protegendo e seguindo, segurança da parada, guiando com corda simples, dupla e gêmea, abandono de um ponto em segurança)
-Pequeno artificial (A0)
-Métodos alternativos de ascensão em corda fixa; passar um nó na ascensão.
-Rapel multiplas-enfiadas, rapel com grigri, rapel com retinida, rapel com corda dupla (incluindo metodos alternativos), passar um nó no rapel.
-Auto-resgate (do segundo e do guia)
Nosso curso tem uma carga horária de no mínimo 32 horas, podendo ser extendido se o aluno desejar. No primeiro dia: iniciamos com uma revisão do conteúdo do curso básico, que dura uma manhã. Partimos para o uso de proteções (naturais e fixas), planejamento antes de escalar (leitura de croquis, rackeando) e técnicas da escalada guiada (como clipar, perna na corda, quando proteger...)...isso no primeiro dia.
Segundo dia: treinamos tudo o que vimos + dar segurança da parada e rapéis (grigri, retinita etc.)
Terceiro dia: uso de corda dupla e gêmea, abandono de um ponto, pequenos artificiais e métodos de ascensão.
E treinar tudo o que vimos até aqui.
Quarto dia: guiar vias no campo-escola e realizar todos os procedimentos e auto-resgate (inclui prevenção de acidentes)
Com esse treinamento quem quer começar a guiar pode ter um bom arsenal para lidar com as mais diversas situações. Também é um bom curso para quem já guia, mas quer ter um conhecimento completo sobre escalada guiada. Esse curso pode ser feito junto de um curso de escalada móvel: tema da próxima postagem!!
Abraços, André Funari
16 de junho de 2020
Como funciona nosso Curso Básico de Escalada em Rocha
13 de junho de 2020
Domingos Giobbi em 8:50 horas de escalada a vista
Desde que comecei a escalar e comecei a ouvir sobre São Bento do Sapucaí uma linha na pedra do Baú sempre foi o sonho de consumo, sempre quis repetir essa linda linha. Isso lá por 2004/2005. Passados 15 anos poucos foram os parceiros que cogitavam escalar aquela rota. A questão de ter muito artificial não atraia muito parceiro, mas tudo a seu tempo. Esse ano havia escalado com Tiago Reis, o Minhoca lá de Sorocaba em uma falésia de vias esportivas em Luminosa. Depois desse dia ele deu a ideia de fazer a Domingos em um push, tentar a via num dia só. Eu já havia estudado a possibilidade de fazer a rota e já tinha dado um curso avançado ali no platô da P1. Tava precisando é de outro maluco pra tentar a empreitada.
A Domingos é conhecida por uma via de estilo Bigwall, ou seja, uma via com técnicas mais avançadas de escalada (pra limpar as vezes é mais complicado que escalar, nas horizontais, por exemplo) e requer, pela extensão e dificuldade técnica, ao menos uma durmida. Entretanto, já haviam noticias de ascenções em torno de 10 horas e algumas bem ousadas, parece que o recorde de tempo nessa via é de 4:40 (coisa que é realmente possível). Então não seria impossível mandarmos a via em um dia. São 6 enfiadas, a primeira fizemos pela via das abelhas, dai a partir do platô de bivak a via ganha outra cara, parede imponente, negativa, muito massa!
Uns dias antes estudando para aperfeiçoar as técnicas que usaríamos nos trechos mais complicados de artificial, recorremos aos procedimentos desenvolvidos pelo Chris Mcnamara no livro "How to bigwall". Não utilizamos a técnica de short-fixing, mas certamente essa sera um salto na questão de velocidade na parede. Tirando isso utilizamos quase todas as dicas para escalada de bigwall em estilo speedclimb e mais um pouco:
-Duas dasychains cada uma com um estribo (levar dois estribos ao inves de 3 ou 4)
-FiFi para agilizar o conectar/desconectar da proteção
-Escalar de sapatilha (quando optamos pelo French-free é a melhor coisa ja estar calçado)
-Escale em artificial como se estivesse livrando (utilize agarras de pé, de mão, o balanço do corpo, entalamentos em favor da progressão)
-Testou a peça com peso do corpo, sobe o máximo que consegue, sem utilizar solteira (sobe nos estribos e já clipa a Fifi)
-Clipar corda somente nas peças bombas e estratégicas (que realmente estão protegendo)
-Limpar jumareando e eventualmente escalando, mas sendo agilizado e já organizando o material pro parceiro
-Guiar em blocos
Decidimos iniciar a escalada por baixo, ao inves de rapelar pelo Col. Domingo escalamos a Nóia de Cão e fixamos uma corda estatica que seria nossa retinida e entocamos a dinamica. Na segunda feira 5 e pouco começamos a trilha, tudo congelado. Jumareio matinal e as 7 horas da manha estavamos na base da Domingos. Minhoca começou a primeira enfiada da via das Abelhas (que hoje se tornou uma variante muito mais frequentada que o diedro original da via, cheio de marimbondos), puxamos as mochilas que deram um trabalho. A partir do plato uma mochila foi na outra e Minhoca saiu pra guiar a segunda, rapidão, agilizado, subindo altão nos estribos, tavamos bem. Quando o parceiro chegou na parada, fixou a corda e enquanto eu subia limpando ele ia puxando a mochila. Enfiada muito bacana, cheia de possibilidade pra livrar. Na terceira enfiada Minhoca guiou em diagonal pra esquerda quase todo o tempo. Muito linda e um dos crux.
Como a estratégia de guiar era em blocos, Minhoca guiou as três primeiras e a partir daqui eu ia tocar. Quarta enfiada uma horizontal pra esquerda pra acessar uma chapa, desce e continua pra esquerda até um sistema de fendas. Fiz uma parada em móvel por ali e chamei o parceiro e a mochila. A próxima enfiada é muito boa, muito móvel, alguns lances em artifcial mas a maioria em livre. Chega-se numa parada em pitons que arqueiam kkkkkkk
A última enfiada foi a que mais curti guiar, sai da parada meio aereo, busca um camalot 2 perfeito e faz um lance de uns 4 ou 5 metros em clifs, micro-nuts e regletadas (ai a sapata ajuda) até um 0.75 perfeito. Dai pra frente sai tudo em livre, quase 30 metros de um desfrute total, uma fenda horizontal perfeita no topo do Baú!! As 16:20 puxamos as cordas no cume.
Mandamos a via em 8horas e 50 minutos a vista. acredito que conhecendo a via e melhorando alguns pontos podemos melhorar o tempo, isso fica de projeto, assim como fazer em solitário.
Obrigado Minhoca pela parceira!!